Ruan Silvestre, o carioca da gema que conquistou o futsal botucatuense

Ruan Silvestre, o carioca da gema que conquistou o futsal botucatuense

Em pouco menos de dois anos ele conquistou o respeito e o carinho da apaixonada torcida do futsal de Botucatu. O carioca Ruan de Lima Silvestre chegou a Associação Atlética Botucatuense no primeiro semestre de 2014. O time estava praticamente montado quando veio a indicação do seu nome para a diretoria do clube, que resolveu apostar na jovem promessa.

E parece que o clube realmente acertou. “Excelente atleta, responsável, comprometido com o clube. Cumpre sua responsabilidade dentro e fora das quadras. Contratamos por indicação em 2014, de fato foi uma grata surpresa”, explica o vice-presidente de Esportes, Ché Fioretto. A opinião é compartilhada por técnico Paulo Barros. “É um excelente jogador, rápido, finaliza bem, ajuda na marcação, tem tudo pra dar certo como jogador e além de ser uma excelente pessoa. Foi um prazer trabalhar com ele, espero que tenha muito sucesso na vida, torço por ele”, diz .

Desde que chegou para jogar na equipe sub-20, Ruan mostrou qualidades, tanto que, ainda em 2014, passou a integrar também a equipe adulta que foi vice-campeã Metropolitana e vice-campeã da Copa TV TEM. Em 2015 passou a ser uma das referências do grupo e se tornou fundamental nos dois times. Foi novamente vice-campeão Metropolitano e chegou as semifinais do Paulistão 2015 categoria Principal e do Estadual Sub-20, competição em que é o artilheiro com 26 gols. Na equipe principal marcou 11 gols. Também conquistou com Botucatu os Joguinhos Abertos do Interior.

Ruan começou a jogar futsal em um projeto social na comunidade da Mangueira, na capital fluminense. Destacou-se, e foi selecionado para integrar a equipe que disputou o Campeonato Carioca. No morro, chamou a atenção do Flamengo, clube que defendeu por dois anos. Depois, foi para o  Fluminense, onde integrou o time sub-17 da agremiação. Também teve curtas passagens pelo futebol de campo do Flamengo e do Campo Grande.

Ainda no primeiro ano da AAB chamou a atenção de grandes clubes da capital. O Corinthians, por exemplo, demonstrou interessou pelo atleta logo após uma partida com a Veterana. Os diretores do clube Paulistano chegaram a fazer uma proposta para transferência, mas as conversas não evoluíram. “Eu resolvi esperar mais um pouco. Mesmo tendo outras propostas, dei preferência a AAB, pois foi um clube que me identifiquei muito”, garante.

Porém, dificilmente o atleta permanece em 2016. Outras propostas surgiram e a AAB ainda estuda que caminho vai seguir, já que enfrenta dificuldades financeiras. Mesmo assim, o jovem jogador de 19 anos não esconde a sua gratidão por Botucatu. “A AAB foi um clube que significou muito para mim. Não só em questão de aprendizado profissional, mas também pessoal, cresci bastante com nesses dois anos. Fiz amigos que pretendo levar pra vida inteira. É um clube que nunca esquecerei”, diz em tom de despedida.

Em quadra, Ruan mostra habilidade, determinação e raça. Não é do tipo de atleta que aceita a derrota com facilidade. Chorou quando a AAB ficou fora das decisões. “Posso dizer que o futsal significa tudo pra mim, não me imagino fora desse esporte. Dentro de quadra eu defendo a camisa que estou vestindo com raça e foco. São coisas que nunca não vão faltar dentro do meu perfil de jogador”, explica.

Sobre os tropeços no nas semifinais Estaduais do sub-20 e do adulto, Ruan não tenta encontrar desculpas. “Posso dizer que não faltou nada para nosso time. Quem acompanha nossos jogos sabe disso, gosto sempre de deixar claro que o futsal é decidido no detalhe, infelizmente não tivemos atenção no final de algumas partidas e acabamos não conseguindo trazer os títulos para cidade”, justifica.

Ainda é cedo para saber qual caminho vai seguir o carioca da gema que vai deixar saudades no futsal botucatuense, mas uma coisa é certa: a história dentro do futsal não acaba aqui. “Meu sonho sempre foi e sempre vai ser se tornar jogador de futsal profissional. E meu objetivo é chegar o mais longe possível e quem sabe um dia me tornar um ídolo na modalidade”, finaliza.