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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Tostão: um craque consagrado no futsal






Poucos atletas têm no currículo os títulos que ele conquistou no futsal. Alguns com até mais nome no cenário nacional não atingiram as mesmas conquistas. Foi bi-campeão da Taça Brasil de Futsal, bi-campeão da Liga Nacional de Futsal, campeão Sulamericano, campeão da Libertadores, tri-campeão Gaúcho, tetra campeão Mineiro, campeão Brasileiro Juvenil de Seleções por Minas Gerais, campeão da Superliga, campeão do Grand Prix pela seleção brasileira, entre outros.
O nome da “fera” é Diego de Campos Leite ou simplesmente Tostão, apelido que herdou do pai, também canhoto e com um estilo parecido com o craque da Copa de 1970. Aos 33 anos, o atleta que nasceu em São Paulo, mas que se considera botucatuense, tomou, no final do ano passado, a decisão mais difícil da carreira: se aposentar das quadras. . 

No entanto, Tostão não pensa em abandonar totalmente o futsal. Ele tem o sonho de montar um projeto, junto com outras pessoas ligadas ao futsal, para recolocar Botucatu na elite do futsal nacional. “Sempre temos algo para sonhar, senão a vida perde a razão. Quero fazer a cidade respirar futsal, como era antigamente, ver nossa cidade disputando quem sabe uma Liga Nacional ou mesmo um Liga Paulista. Acredito que potencial temos, estrutura também. Temos que ir atrás de apoio e tenho certeza que conseguiremos. Botucatu necessita de um esporte de alto rendimento, mesmo que não seja o futsal. A população sente falta desse entretenimento e as crianças precisam de um espelho”, diz.
O esporte entrou na vida desse paulistano no Guapira, um clube quase centenário que na época se dedicava ao futebol de campo. Em 1995, aos 11 anos, Tostão se mudou para Botucatu. E foi aí que conheceu o futsal. Primeiro no Botucatu Tênis Clube (BTC) e depois na Associação Atlética Botucatuense (AAB), onde começou a disputar competições oficiais da Federação Paulista de Futsal (FPFS).
“Foi um sonho disputar poder disputar o Campeonato Paulista. Na época, a AAB era considerada uma das equipes mais fortes do Estado e tenho que agradecer o apoio importante que recebi de pessoas ligadas ao clube, como o Laperuta, o Beto Honorio e, principalmente, o Pedro Dias, a quem devo muito pelo que fez por mim”, confessa.
Na AAB as portas se abriram literalmente para o futsal, principalmente depois do título paulista juvenil de 1996. Passou pelos principais times do país, entre eles, Atlético Mineiro, Minas Tênis Clube, Banespa/SP, Macaé/RJ, UCS/RS, Intelli/SP, Carlos Barbosa/RS, Botafogo/RJ e Assoeva/RS. Também teve a oportunidade atuar no Lazio da Itália. “Tive o privilegio de conhecer muitos países, sempre jogando e não aproveitando culturalmente. Em 2012 fui jogar na Itália, ai sim, consegui desfrutar do belo país, conhecer a cultura e as pessoas, apesar de não ter sido uma boa experiência profissional, porque em se tratando de futsal, estão muito abaixo do sistema brasileiro”, revela.
A passagem pela seleção brasileira também foi muito boa. Além de conquistar títulos, teve a oportunidade de conviver com grandes jogadores e até ídolos do início da carreira, como os casos de Falcão e Lenísio. “É uma experiência que levarei para toda vida. Convivi com craques que sempre buscaram ao longo de suas carreiras a excelência máxima, assim como eu tentei, por isso, são ícones do esporte futsal”, diz.
Tostão afirma que o futsal lhe proporcionou outros momentos marcantes, alguns muito positivos e outros nem tanto. “Considero-me um privilegiado, pois vivi situações que estarão para sempre na minha memória. Essa é a coisa boa do esporte. Destaco os títulos da Liga Nacional de 2006 e 2009, o titulo da Taça Brasil de 2002 pelo Minas Tênis Clube, além das conquistas com a seleção brasileira”, conta.
Por outro lado, o atleta viveu alguns pesadelos. “Tive grandes frustrações, como a semifinal da Liga Nacional de 2003, onde perdemos na prorrogação, a derrota na final da Liga de 2002. Mas, sem dúvida nenhuma, a historia mais triste no futsal, que contarei para meus netos e nunca esquecerei, foi o pênalti que perdi na final da Liga de 2011 contra o Santos, erro que acabou me tirando o sonho de ser tri campeão nacional”, explica.
Na época, Tostão ficou muito chateado e praticamente se exilou em sua casa por quase um mês. Mas, como todo grande atleta, superou o momento difícil e voltou a jogar em grande nível. “É uma situação natural para quem vive do esporte, conviver com as vitórias e com as derrotas. Infelizmente, parece que as derrotas marcam mais que as vitorias”, reflete o craque.
No momento em que decidiu parar de jogar não teve dúvidas em onde aportar. “Decidi voltar para Botucatu por diversos fatores. Minha família sempre abdicou das coisas por mim por minha profissão. Minha filha mais velha sente minhas ausências e também dos colegas de escola. Minha esposa sempre me acompanhou por todos os cantos, sem ter oportunidade de se desenvolver profissionalmente”, afirma.
Tostão afirma que sempre gostou muito de Botucatu e que sonhava em um dia voltar a viver perto dos amigos e de todos que fizeram parte da sua juventude. “Lembro-me das festas de final de ano dos meus avós paternos, de quando meus pais vieram morar aqui, época do colégio, das amizades, dos carnavais, vixe, Botucatu esta no meu coração”, diz.
Ainda sobre a decisão de deixar o futsal, ele confessa que o fato de não ter tido nenhuma proposta que lhe desse novamente a gana de vencer, a chance de disputar títulos, também foram fatores decisivos. “Não posso ser hipócrita. Não tive nenhuma proposta financeira que me fizesse balançar. Sem contar que já estou com 33 anos e com o corpo um pouco cansado (risos). Mas agüentaria mais alguns anos viu”, ressalta.
O craque não esconde seus sentimentos e explica que ainda está um pouco desorientado sobre o futuro. “Minha decisão de parar de jogar ainda é muito recente, mas existem algumas coisas em andamento e espero que se concretizem para que eu possa me fixar de vez na cidade”, diz. Tostão garante estar aberto para novas experiências e oportunidades, afinal é formado em Administração e espera colocar toda a sua vivência coletiva em favor do próprio esporte ou até mesmo de uma empresa.
No momento, o craque só quer se dedicar as filhas e a família. Porém, ao ser questionado se a decisão é irreversível ou se surgisse uma boa proposta, dá uma escorregada. “Hoje não penso em voltar a jogar, a decisão esta tomada, apesar de ainda ter condições de jogar, mas vamos esperar”, finaliza.
PERFIL
Nome: Diego de Campos Leite 
Apelido: Tostão
Idade: 33 anos

Estado civil: casado com Raquel, com quem tem duas filhas, Raissa  de 5 anos e Luiza de 5 meses
Naturalidade: São Paulo
Formação: jogador profissional de futsal e formação em Administração
Frase: "O talento vence jogos, mas só o trabalho em equipe vence campeonatos", Michael Jordan.
Filme: Vou citar dois: Meu nome é Radio e Invictus
Livro: Esse é um defeito grande, não sou de ler livros. Espero que as crianças no sigam esse exemplo (risos)
Time do coração:  Palmeiras

Hobby:  Assistir TV (esporte) e passear com a minha família
Ídolo: Jordan e Bernardinho, entre outros.

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