Apesar das dificuldades, presidente da AAB garante que o clube está nos trilhos, mas futsal deve acabar
Ele
dirige um clube que está próximo de completar 100 anos (foi fundado em 1918),
que tem cerca de 4200 sócios titulares e uma “família” que tem 13.500 pessoas.
Janio Eduardo Gonçalves está em seu segundo mandado como presidente da
Associação Atlética Botucatuense (AAB) e assim como a maioria dos clubes do
País tenta encontrar o equilíbrio financeiro sem abrir mão da qualidade exigida
pelos sócios.
Aos
45 anos, Jânio é sócio da AAB há 14 anos. O representante comercial é
casado com Raquel Coruli e tem dois filhos, Eduardo de 19 anos e Lorena de 15.
Nesta entrevista ao Diário da Serra, Jânio explica como pretende enfrentar as
dificuldades econômicas e ao mesmo tempo continuar crescendo.
Diário da Serra - Os clubes de uma maneira geral têm
sofrido com a queda nas receitas. Como a AAB tem superado essas dificuldades e
equilibrado suas contas?
Jânio Gonçalves - Infelizmente, devido à crise que nosso País enfrenta estamos vivendo um dos momentos mais difíceis da minha administração. Tive que tomar medidas que não são populares, incluindo corte de gastos e de funcionários. A inadimplência que historicamente girava em torno de 10%, passa dos 20%. A conta de energia elétrica duplicou no ano passado e isso nos obrigou a fazermos adequações dentro dos departamentos, reduzindo temporariamente seus horários de funcionamento com o objetivo de reequilibrarmos nossas contas.
DS – Além disso, quais as principais dificuldades enfrentadas em 2015 e como foram superadas?
JG – Acredito que a principal dificuldade está relacionada ao número de sócios, que caiu de 5.200 para 4.100. Sempre há uma queda no período de inverno, mas em 2015 foi a maior dos últimos 10, 12 anos. Em junho, apenas 3.200 pagaram mensalidades. Nós temos uma despesa fixa muita alta, com isso os cortes foram necessários, mas felizmente, com muita luta e determinação, muita união entre as Diretorias, Executiva, Conselho Fiscal, Conselho Deliberativo conseguimos superar esse momento difícil e estamos voltando a normalidade.
DS - Quais foram as principais conquistas em 2015 do clube na sua opinião?
JG – A primeira delas foi manter a nossa Veterana nos trilhos, mesmo com as dificuldades. No esporte, continuamos fortes. Na natação temos a Rafaela Marino, pré-convocada para a Olimpíada de 2020; e o Henrique Reis entre os 10 melhores do mundo em sua categoria. No tênis, marcamos presença colocando oito atletas entre os melhores do Estado; no Karatê, nossa equipe ganhou títulos nacionais e internacionais; no judô, o Ageo Maurício de Oliveira fez bonito em competições no Canadá; nosso futebol de mesa está entre os melhores do Estado; também nos destacamos em competições estaduais e regionais no Jiu Jitsu, no vôlei e no futebol. Além disso, nosso futsal ficou entre os os quatro melhores no Estado de São Paulo pelo segundo ano consecutivo no Sub-20 e no adulto. O sub-17 foi campeão dos Joguinhos Abertos e as categorias menores não decepcionaram. Nossos atletas também representaram Botucatu nos Jogos Abertos e Regionais, conquistando muitas medalhas para nossa cidade.
DS - Quais os desafios e objetivos para 2016?
JG – Apesar de termos melhorado nossa situação, o país ainda passa por dificuldades. Temos que ter serenidade e muito pé no chão. Mesmo assim, vamos fazer novos investimentos e reformas em vários departamentos.
DS - O clube pretende fazer ações para ampliar o número de sócios?
JG - O clube sempre está aberto para novos sócios, temos uma estrutura que oferece quase tudo para associado, temos profissionais capacitados em todas as modalidades. Na região, em um raio de 100 km, dá para contar no dedo os clubes que oferecem o que nós oferecemos ao associado. Assim, quem ainda não conhece, venha nos fazer uma visita. Tenho certeza que vão gostar da nossa estrutura e da nossa família.
DS - Tem alguma grande obra que ainda precisa ser feita em sua opinião e que não vai conseguir concluir no atual mandato?
JG - Temos vários projetos prontos, como a construção de um novo bloco na academia; um segundo bloco ligando a portaria 2 com prédio do Karatê, Judô, Muay Thai e outras artes marciais; a construção de outra piscina de hidroginástica; compra de novos equipamentos para academia; substituição da cobertura da piscina térmica e ginásio 1; reformas das quadras de tênis e parque indoor, entre outras coisas. Tudo isso está no nosso planejamento, não vamos conseguir fazer tudo, mas podem ter certeza que vamos trabalhar para fazer muitos desses investimentos até o final do meu mandato.
DS - A AAB é um clube que tem história no esporte, principalmente no futsal. Sabemos que o esporte corre o risco de acabar no sub-20 e no adulto, mesmo revelando grandes jogadores. Qual seria a saída para Botucatu continuar tendo futsal de alto nível?
JG - Como você mesmo já disse na pergunta, o clube e o Brasil passam por dificuldades. Não podemos, neste momento, usar os recursos do clube para bancarmos futsal sub 20 e adulto. Para mantermos o futsal de alto nível em atividade, precisamos de uma ajuda mais significativa da iniciativa privada e da Prefeitura Municipal, caso contrário realmente em 2016 não vamos mais ter condições de participar do Campeonato Paulista da Série A, da Copa TV Tem, TV Record, Jogos Abertos, Jogos Regionais e outros.
DS - O que significa a AAB para Jânio Gonçalves?
JG - Paixão, dedicação e amor. A AAB hoje faz parte da minha vida, tudo que faço é pensando no melhor para associado, não basta ser presidente, tem que estar presente em tudo que for feito, fazer com muito amor e carinho, é se doar mesmo com muita responsabilidade, respeitando cada sócio, cada funcionário, cada diretor, cada conselheiro. Pode ter certeza que, mesmo quando não for mais o presidente da AAB, todos vão poder contar comigo, pois, meu amor por esse clube é eterno.
Jânio Gonçalves - Infelizmente, devido à crise que nosso País enfrenta estamos vivendo um dos momentos mais difíceis da minha administração. Tive que tomar medidas que não são populares, incluindo corte de gastos e de funcionários. A inadimplência que historicamente girava em torno de 10%, passa dos 20%. A conta de energia elétrica duplicou no ano passado e isso nos obrigou a fazermos adequações dentro dos departamentos, reduzindo temporariamente seus horários de funcionamento com o objetivo de reequilibrarmos nossas contas.
DS – Além disso, quais as principais dificuldades enfrentadas em 2015 e como foram superadas?
JG – Acredito que a principal dificuldade está relacionada ao número de sócios, que caiu de 5.200 para 4.100. Sempre há uma queda no período de inverno, mas em 2015 foi a maior dos últimos 10, 12 anos. Em junho, apenas 3.200 pagaram mensalidades. Nós temos uma despesa fixa muita alta, com isso os cortes foram necessários, mas felizmente, com muita luta e determinação, muita união entre as Diretorias, Executiva, Conselho Fiscal, Conselho Deliberativo conseguimos superar esse momento difícil e estamos voltando a normalidade.
DS - Quais foram as principais conquistas em 2015 do clube na sua opinião?
JG – A primeira delas foi manter a nossa Veterana nos trilhos, mesmo com as dificuldades. No esporte, continuamos fortes. Na natação temos a Rafaela Marino, pré-convocada para a Olimpíada de 2020; e o Henrique Reis entre os 10 melhores do mundo em sua categoria. No tênis, marcamos presença colocando oito atletas entre os melhores do Estado; no Karatê, nossa equipe ganhou títulos nacionais e internacionais; no judô, o Ageo Maurício de Oliveira fez bonito em competições no Canadá; nosso futebol de mesa está entre os melhores do Estado; também nos destacamos em competições estaduais e regionais no Jiu Jitsu, no vôlei e no futebol. Além disso, nosso futsal ficou entre os os quatro melhores no Estado de São Paulo pelo segundo ano consecutivo no Sub-20 e no adulto. O sub-17 foi campeão dos Joguinhos Abertos e as categorias menores não decepcionaram. Nossos atletas também representaram Botucatu nos Jogos Abertos e Regionais, conquistando muitas medalhas para nossa cidade.
DS - Quais os desafios e objetivos para 2016?
JG – Apesar de termos melhorado nossa situação, o país ainda passa por dificuldades. Temos que ter serenidade e muito pé no chão. Mesmo assim, vamos fazer novos investimentos e reformas em vários departamentos.
DS - O clube pretende fazer ações para ampliar o número de sócios?
JG - O clube sempre está aberto para novos sócios, temos uma estrutura que oferece quase tudo para associado, temos profissionais capacitados em todas as modalidades. Na região, em um raio de 100 km, dá para contar no dedo os clubes que oferecem o que nós oferecemos ao associado. Assim, quem ainda não conhece, venha nos fazer uma visita. Tenho certeza que vão gostar da nossa estrutura e da nossa família.
DS - Tem alguma grande obra que ainda precisa ser feita em sua opinião e que não vai conseguir concluir no atual mandato?
JG - Temos vários projetos prontos, como a construção de um novo bloco na academia; um segundo bloco ligando a portaria 2 com prédio do Karatê, Judô, Muay Thai e outras artes marciais; a construção de outra piscina de hidroginástica; compra de novos equipamentos para academia; substituição da cobertura da piscina térmica e ginásio 1; reformas das quadras de tênis e parque indoor, entre outras coisas. Tudo isso está no nosso planejamento, não vamos conseguir fazer tudo, mas podem ter certeza que vamos trabalhar para fazer muitos desses investimentos até o final do meu mandato.
DS - A AAB é um clube que tem história no esporte, principalmente no futsal. Sabemos que o esporte corre o risco de acabar no sub-20 e no adulto, mesmo revelando grandes jogadores. Qual seria a saída para Botucatu continuar tendo futsal de alto nível?
JG - Como você mesmo já disse na pergunta, o clube e o Brasil passam por dificuldades. Não podemos, neste momento, usar os recursos do clube para bancarmos futsal sub 20 e adulto. Para mantermos o futsal de alto nível em atividade, precisamos de uma ajuda mais significativa da iniciativa privada e da Prefeitura Municipal, caso contrário realmente em 2016 não vamos mais ter condições de participar do Campeonato Paulista da Série A, da Copa TV Tem, TV Record, Jogos Abertos, Jogos Regionais e outros.
DS - O que significa a AAB para Jânio Gonçalves?
JG - Paixão, dedicação e amor. A AAB hoje faz parte da minha vida, tudo que faço é pensando no melhor para associado, não basta ser presidente, tem que estar presente em tudo que for feito, fazer com muito amor e carinho, é se doar mesmo com muita responsabilidade, respeitando cada sócio, cada funcionário, cada diretor, cada conselheiro. Pode ter certeza que, mesmo quando não for mais o presidente da AAB, todos vão poder contar comigo, pois, meu amor por esse clube é eterno.
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