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sexta-feira, 6 de março de 2015

SESI promove exposição sobre Mário Americo



Rodrigo Leite, João Marcos, Mário Americo Netto e Otávio Augusto
Foi aberta oficialmente na noite de quarta-feira, dia 4, no SESI de Botucatu, a exposição “Mário Américo, o Massagista da Seleção Brasileira”. A exposição apresenta imagens e objetos pertencentes ao massagista da seleção brasileira entre os anos de 1950 a 1974.

Quem esteve acompanhando a abertura da exposição em Botucatu foi Mario Americo Netto, neto do massagista. “Isso aqui é uma realização de um sonho. Meu vô era uma pessoa ligada ao futebol e tinha muito carisma. Resgatar a sua historia é um presente para todos nos da família”, informou.

Quem também prestigiou o evento foi o ex-goleiro da seleção brasileira e do Palmeiras, João Marcos. “Mário Américo é um figura folclórica no futebol. Ele mais que um massagista, era um amigo”, revelou João Marcos.

O diretor do SESI de Botucatu, Otávio Augusto, informa que a exposição é aberta ao publico em geral, não tendo a necessidade de ser sócio do clube. “Estamos espaços para visitação de escolas, faculdades e de interessados em conhecer de perto a magnífica historia desse personagem do futebol brasileiro”, comentou.

A vida profissional de Mário Américo (1912-1990), massagista da seleção brasileira de futebol que atuou em sete Copas do Mundo, entre 1950 e 1974, é revisitada na mostra "Mário Américo, o Massagista da Seleção Brasileira", com curadoria de João Kulcsár. A exposição está em cartaz no Sesi Botucatu desde o dia 4 de junho e pode ser visitada até 12 de abril. A entrada é gratuita.
 
Após desistir de ser músico e lutador de boxe, Mário Américo se tornou o mais antológico massagista do futebol brasileiro. Fotografias, objetos pessoais e uma linha do tempo relembram fatos que marcaram o futebol brasileiro nas décadas de 1950 a 1970, contextualizando o período em que Mário Américo acompanhou a seleção. O público terá ainda a oportunidade de conferir um vídeo produzido especialmente para a mostra, com depoimentos inéditos de ex-jogadores que fizeram história, entre os quais Rivelino, Pepe e Zé Maria.
 
“Mário Américo transformou a figura do massagista no mundo futebolístico, que passou a ter reconhecimento na equipe. Os jornalistas tinham que mencionar o nome de Mário nas legendas das fotos dos jornais, pois ele sempre aparecia no registro oficial do time”, destaca João Kulcsár.
 
Além de acompanhar o Brasil em sete mundiais, Mário Américo trabalhou na Portuguesa, no Vasco e no Madureira. Em sua trajetória, cuidou de alguns dos grandes craques do esporte, como Pelé, Garrincha, Zagallo e Ademir da Guia.
 
Lembrado com carinho por todos os ex-jogadores com quem trabalhou, ficou conhecido como “mãos de ouro”, por recuperar atletas apenas com uma massagem forte em um período em que a medicina ainda não contava com a tecnologia disponível atualmente. “Mário transcendeu sua função de massagista e foi parte fundamental da história do futebol brasileiro, uma testemunha dos anos dourados da nossa seleção. Esperamos, com esta exposição, resgatar um pouco de sua trajetória e importância”, finaliza Kulcsár.

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