José Nelson: Um técnico vitorioso
Amante do handebol, um dos profissionais mais competentes da área em Botucatu. Esse é o resumo do professor José Nelson, responsável pelo bom desempenho do Handebol em nossa cidade.
Aos 14 anos, Zé Nelson teve contato com o Handebol pela primeira vez na escola Angelino de Oliveira, ainda na 8ª série com a professora Mônica. “junto com o handebol, também fui apresentado ao voleibol. Foi ai que tudo começou”, informou o professor. Ainda nesse ano, a escola foi vice-campeã dos Jogos Estudantis perdendo para o La Salle na final. “vencemos equipes fortes como Dom Lúcio e EECA”, completou.
Da escola Angelino, Zé Nelson passou a estudar na escola Técnica Industrial, onde foi campeão dos Jogos Escolares e dos Jogos Estudantis. “Nesta época já era atleta de voleibol da cidade de São Manuel onde conquistamos o título dos Jogos Regionais que foram realizados na mesma cidade”, informou.
Deu sequência a prática do voleibol como esporte principal, mas não havia deixado de jogar handebol. Paralelamente vinha fazendo alguns amistosos e bate-bate pois gostava muito deste esporte. “Segui com o voleibol, participei do campeonato Paulista em 1996 onde também fomos campeões dos Jogos Regionais em Botucatu”, relembra.
Chegando o momento de ingressar a Faculdade de Educação Fisica, Zé Nelson continuou praticando seus esportes preferidos: voleibol e handebol. “No handebol fomos vice campeões no InterEF (Jogos entre Faculdades de Educação Fisica) e havíamos também disputado a Liga Regional. Continuei jogando voleibol por Botucatu até terminar a faculdade onde também jogava Volei de PRAIA”.
Em 2005 chegou a grande oportunidade para o professor. Nesse ano, Botucatu sediou os 69º Jogos Abertos do Interior e Zé Nelson foi convidado para formar as equipes de Botucatu para as competições. “O handebol entrou de vez em minha vida quando em 2005 no Jogos Abertos em Botucatu, o prof. Marcelo Marcolin passou a equipe feminina da cidade para que começasse um trabalho e com esta equipe disputasse os jogos regionais e abertos na oportunidade. Tirei o handebol feminino do zero, já que até então quem representava a cidade até então era a equipe da medicina. Para montar a equipe passei a frequentar jogos internos de várias escolas, interclasses e também a acompanhar os Jogos Estudantis para que pudesse selecionar os talentos. Na oportunidade, o prof. Carlos Eduardo “Pirica” começou com a turminha de 50 alunas, logo após assumi os treinos onde selecionei 14 meninas que representariam nosso município durante o ano de 2005”.
O ano de 2005, inicio de trabalho, foi difícil. Foram poucas vitorias dentro de quadra, mas fora de quadra, com certeza foram muitas vitorias. “Demos o pontapé inicial para o trabalho que existe até os dias atuais”, completou.
A partir de 2006, Botucatu começou a vencer alguns torneios de forma precoce, porém dava sinais que o projeto Handebol estava no caminho certo. “Neste mesmo ano comecei o trabalho também com o masculino, mas foi o feminino que nos deu mais títulos. Pelo feminino fomos duas vezes campeões dos Jogos Regionais categoria Sub-21, além de 4 vice-campeonatos e uma vez terceiro colocado. Somos 9 vezes campeões regionais dos Jogos da Juventude. Na Liga Regional, já fomos campeões em todas as categorias, desde o pré-mirim ao adulto. O handebol também foi campeão em duas oportunidades dos Jogos do Polo Cuesta e campeão paulista e vice-campeões na Liga Paulista Infantil . Tudo isso é resultado de muito suor, dedicação e trabalho”.
Para José Nelson, a maior vitória do Handebol é o trabalho social que se mantém desde 2005. “Este projeto nos rendeu muitos campeões pois todos nossos alunos são encaminhados para a vida. Sempre perdemos nossos atletas para as universidades, empregos ou cursos técnicos, mas todos se formam cidadãos responsáveis. E isso é nossa maior medalha de ouro, nossa maior conquista. Tenho muito orgulho de todos eles”, comemora o técnico.
Para Zé Nelson, o esporte e a única ferramenta onde ricos e pobres, brancos, pardos, negros e amarelos, católicos, ateus, evangélicos e protestantes serão sempre iguais, sempre se respeitarão e trabalharão em grupo e compartilharão ideias e crescerão como cidadãos. “Uma pena que este mundo onde a competição profissional e financeira esteja deixando o esporte de lado. Um exemplo é a baixa valorização da educação física escolar onde tudo começa”, finalizou.
0 comentários:
Postar um comentário