Após três provas, trekking define o campeão brasileiro
Botucatu
recebeu no final de semana o campeonato brasileiro de trekking com três provas
sendo realizadas durante dois dias. Duas provas aconteceram no feriado de
sexta-feira uma pela manhã e outra à noite e a terceira realizada no sábado ao
meio-dia. No total, os praticantes do enduro a pé percorreram mais de 30
quilômetros em três diferentes trilhas.
Depois
da soma das três provas que foram disputadas ponto a ponto na busca de quem
fazia o melhor tempo e percurso, os campeões foram as seguintes equipes:
categoria elite - equipe Sedentários de Guarulhos, na graduados equipe “Os
Lagartos” de Itu, Trekkers - “GPS” de São Paulo e na categoria Iniciantes -
“Buscapé” de Botucatu. A equipe com melhor navegação foi Star Trekking de
Bauru. A campeã geral do brasileiro foi a equipe Sedentários de Guarulhos, que
levou seu segundo troféu do brasileiro: campeã da sua categoria e a melhor no
geral.
A
primeira das três etapas foi castigada pelo forte sol que cobria a cuesta de
Botucatu. Largando da Estância Bela Vista, na região da Bocaina, os
competidores enfrentaram grandes trechos de planícies capazes de dificultar os
cálculos de qualquer bom navegador. Além disso, alguns quilômetros dentro de
rios e córregos, além do terreno arenoso também dificultaram a vida dos
competidores. O ponto alto foi a escalada pela lateral da famosa Cachoeira da
Indiana e o encerramento da maior das três provas (12 km) com outro grande
trecho sob as linhas ferroviárias.
A
segunda e mais temida prova da etapa teve início pontualmente às 20h10 do mesmo
dia, dessa vez no bairro de Santo Antônio de Sorocaba. Extremamente desgastados
da primeira disputa, os competidores enfrentaram os desafios de uma prova
noturna, com escuridão total. Não bastassem as dificuldades da noite, um
terreno com mata fechada e grandes trechos dentro de um rio exigiram o máximo
dos sentidos dos participantes. Mesmo com todas as dificuldades, o percurso de
quase 10 km foi superado por todos, agraciados ainda com um céu extremamente
estrelado.
No
sábado, o cansaço já estava estampado na face de cada um dos competidores que
se preparava para a última das três etapas, realizada na Cantina do Figueira,
região das Três Pedras. A superação foi a palavra de ordem entre as equipes que
enfrentaram os inúmeros desníveis de terreno que a Cuesta botucatuense oferece
com muita garra e determinação. Como não poderia deixar de ser, os trechos com
rio foram os que mais exigiram dos participantes, mas as belezas naturais da
região, somadas à vontade de cada uma das equipes, fez com que a mais bela das
três disputas fosse vencida.
“A
maioria das equipes não sabia a dimensão que o esporte tem em Botucatu. Todos
disseram que chamou a atenção a diversidade de terrenos que eles encontraram em
uma mesma trilha”, comenta Fernando Arena, da organização Pro Cuesta de
Botucatu.
Esdras
Martins, que já organizou muitas provas pelo Brasil diz que também se
surpreendeu pelos locais das provas. “Os participantes ficaram impressionados
em descobrir um local como esse pela diversidade do que se encontra em uma
trilha, como subida, descida, riacho e morro”, comenta.
A
equipe formada por Sulamita Moreira Ribeiro, Mauro Ribeiro, Sandra Moreira e
Flávia Meneses Moreira, viajou mais de 1 mil quilômetros entre Paracatu (MG) e
Botucatu (SP) para a disputa da prova da categoria trekkers. “O lugar é muito
bonito e a gente encontra de tudo em uma mesma prova. Valeu a pena participar”,
disse Mauro Ribeiro.
A
premiação das equipes aconteceu na noite de sábado no bar Bem Dito, no Jardim
Paraíso. Além da parceria da prefeitura de Botucatu por meio da subsecretaria
de turismo, a competição também contou com apoio da RRV Engenharia.
Com Assessoria
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