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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Copa do Mundo: veja como cuidar do coração na reta final

Especialista alerta para o risco de ataque cardíaco durante os jogos do Brasil

Os sentimentos mais comuns do torcedor brasileiro, especialmente durante os últimos jogos da Copa do Mundo, são o estresse e a ansiedade. O fato é que, com os jogos mata-mata onde a seleção perdedora volta pra casa, o torcedor sofre ainda mais durante as partidas da Seleção Brasileira, o que aumenta o risco de ataque cardíaco. De acordo com o dr. João Fernando Monteiro, cardiologista do Hospital e Maternidade São Luiz, nesse período, a atenção deve ser redobrada.

Pesquisas mencionadas pelo cardiologista indicam a incidência de eventos cardiovasculares na cidade de Munique (Alemanha) durante a realização da Copa do Mundo de 2006. Os dados foram comparados com outro período não relacionado à Copa, nomeado “período de controle”. A pesquisa avaliou 4.279 pacientes e identificou que em dias de jogos da equipe alemã a incidência de emergências cardíacas foi 2.6 vezes maior que no período controle; entre os homens essa incidência foi 3.2 vezes maior, e para mulheres 1.8 vezes maior. O trabalho mostrou que parte destes eventos cardiovasculares ocorreu durante as primeiras duas horas após o começo de cada jogo. Os autores concluíram que o estresse provocado por uma partida de futebol dobra o risco de um evento cardíaco, principalmente em homens que já tenham doença do coração.

Na opinião do dr. João Fernando, o futebol se relaciona a uma mistura explosiva de sentimentos e sensações, e em torneios como a Copa do Mundo que se relacionam com paixão, patriotismo e competição, a comoção pode ser maior ainda. “A emoção provoca respostas fisiológicas no nosso organismo, provocando maior descarga de adrenalina, mais inflamação vascular e vasoconstricção, levando ao aumento da freqüência cardíaca e pressão arterial. Em outras palavras, aumenta o trabalho e o estresse sobre o coração, podendo precipitar eventos como o ataque cardíaco em indivíduos que já apresentam disposição para doença cardiovascular”, explica o cardiologista.

“Sabemos que muitas pessoas sem sintomas têm doenças do coração, e pela ausência de queixas acabam não sendo diagnosticadas. São indivíduos “aparentemente” saudáveis, mas que carregam um risco cardíaco muito grande. Podemos ressaltar neste grupo os portadores de diabetes e colesterol alto, os tabagistas, hipertensos e obesos, com maior risco de doença cardíaca para os que somam mais de uma dessas características”, afirma o especialista.

O cardiologista recomenda que as pessoas que já apresentam algum problema cardíaco procurem o médico durante os jogos da Copa, para receber orientação que previna qualquer incidente. “Se você não tem o diagnóstico de doença cardíaca, mas se enquadra na descrição de pessoas de risco, também deve procurar um médico que avalie seu coração e confirme ou descarte qualquer doença”.

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