Alunos da UNIFAC vão visitar Museu do Futebol em São Paulo
Alunos
do curso de Educação Física da UNIFAC estarão vivendo uma experiência diferente
no próximo dia 26. Com a responsabilidade de Nivaldo Ceará, professor da
disciplina de Futebol e Futsal, cerca de 50 universitários da faculdade vão
fazer um passeio pelo Museu do Futebol, localizado nas dependências do Estádio
Municipal “Paulo Machado de Carvalho” – o charmoso Pacaembu, em São Paulo, e em
seguida alguns dos alunos vão poder acompanhar de perto a partida entre SE
Palmeiras e Sport Recife, pelo Campeonato Brasileiro no Alianz Parque.
“Vai
ser uma viagem de estudos, pois os nossos alunos terão a oportunidade de
conhecer um pouco mais sobre a historia do futebol”, comentou Nivaldo Ceará.
Sobre o Museu:
A
exposição principal do Museu é um percurso envolvente e emocionante pela
história do futebol e do Brasil. São quinze salas que ocupam 6 mil metros
quadrados e instigam o visitante a experimentar sensações e compreender por
que, no Brasil, o futebol é mais do que um esporte: é nosso patrimônio, parte
de nossa cultura e de nossa identidade.
Já
na entrada, denominada Grande Área, o visitante encontra
uma coleção de reproduções de objetos que aludem à nossa memória afetiva com o
futebol: pins, botões, flâmulas, brinquedos, selos, figurinhas... a diversidade
de itens nos traz a sensação de voltar no tempo e de lembrar da sala do nosso
avô ou da brincadeira da infância.
Ao
subir as escadas que levam ao primeiro andar, o visitante recebe as boas-vindas
do Rei Pelé, o jogador de futebol mais conhecido do planeta. A sala Pé
na Bola leva o olhar para os pés das crianças, afinal, desde a
mais tenra idade se aprende a jogar e a gostar de futebol.
A
sala Anjos Barrocos cria a dimensão etérea dos
ídolos que ajudaram a construir a história do futebol brasileiro. São 27
homenageados, como Julinho Botelho, Didi, Zagallo, Gilmar, e muitos outros.
Desde 2015, uma conquista: a inclusão de duas grandes mulheres: Marta e
Formiga, inigualáveis em seus feitos e recordes.
Na
sequência, a Sala dos Gols apresenta grandes jogadas
que o visitante tem a opção de escolher para assistir. A Sala do
Rádiocelebra os locutores e o meio de comunicação que levou o futebol
a todo o território nacional, ainda nos anos 1930. Esse andar termina com
a Sala da Exaltação, imersão no calor das torcidas que
fazem do futebol uma festa emocionante. O ambiente é único, encravado nas
catacumbas do Estádio do Pacaembu.
No
segundo andar, a exposição apresenta o seu eixo histórico. Uma sequência de
salas apresenta ao visitante como o futebol chegou ao Brasil e se tornou o
principal e mais popular esporte: na Sala Origens,
fotografias que abarcam desde o final do século XIX até meados dos anos 1930.
Um cenário instigante que nos joga ao Brasil urbano do início do século XX,
quando o futebol ainda era amador e praticado, nos clubes, somente pelas elites
brancas. Mas, nos chãos das fábricas, ruas e bairros populares, o povo,
trabalhador, pobre e mestiço, também entrava no jogo e disputou a sério o
direito de poder jogar futebol. A profissionalização marcou também a miscigenação
do esporte que se tornará, décadas depois, a cara do Brasil.
Menos
para as mulheres.... desde 2015, o Museu do Futebol apresenta, nessa mesma sala
das Origens, como a trajetória feminina não teve o mesmo desfecho que a
masculina. A participação das mulheres na prática do jogo também data do final
do século XIX nos países europeus, como Reino Unido, França e Espanha, e do
início do século XX no Brasil. Ainda que por aqui jogassem em espaços
diferentes dos homens, como os circos, há indícios de uma presença feminina
cada vez mais crescente, mas brutalmente interrompida a partir de 1941, quando
um Decreto Lei do governo ditatorial de Getúlio Vargas, proíbe às mulheres a
prática esportiva.
Na Sala
dos Heróis, o visitante compreende como, nos anos 1930 e 1940,
configura-se uma ideia de Brasil que lança ao mundo o que nós teríamos de mais
singular: a mestiçagem cultural e racial, presente na música, nas artes
visuais, na dança, na culinária e também no futebol. São 20 personalidades,
dentre poetas como Carlos Drummond de Andrade, artistas como Tarsila do Amaral
e intelectuais como Sergio Buarque de Hollanda e Gilberto Freyre. Leônidas da
Silva e Domingos da Guia, jogadores negros que brilharam na história do
futebol, são homenageados.
A Sala
Rito de Passagem marca uma inflexão no percurso. Uma pausa
dramática para reviver o trauma da derrota na Copa de 1950. Num Maracanã
lotado, estádio construído em menos de dois anos para receber a primeira edição
da Copa após a 2ª Guerra Mundial, o Brasil chorou ao ver a derrota para os
uruguaios. Nosso futebol nunca mais foi o mesmo depois desse episódio.
Na Sala
das Copas do Mundo, as glórias dos cinco campeonatos conquistados e a
participação em todas das vinte edições do maior espetáculo esportivo do mundo.
O fracasso e a vergonha do “7x1” contra a Alemanha em 2014 também está lá, para
não esquecer nunca que o futebol mudou, mais uma vez.
Pelé e Garrincha marcam a
grandiosidade do futebol brasileiro nas décadas de 1960 a 1970. Ambos nunca
perderam uma partida quando jogaram juntos. Tem estilos e trajetórias tão
distintas quanto brilhantes e ganharam uma sala dedicada à alegria do
futebol-arte.
Na Passarela
Radialista Pedro Luiz, uma pausa para contemplar o charmoso bairro do
Pacaembu, tombado por seu plano urbanístico único na capital.
Na Sala
dos Números e Curiosidades, muita diversão, com placas gigantes que
contam as regras, recordes, frases engraçadas da história do futebol. Cinco
mesas de pebolim, ou totó, ensinam os esquemas táticos. O visitante pode ainda
se deslumbrar com a visão do belo gramado do Estádio na visita à arquibancada.
A Sala
Dança do Futebol apresenta belos filmes para quem ama relembrar
jogadas espetaculares: Dribles, Gols e Defesas. O Canal 100, cinejornal que
marcou época por seu modo de filmar as partidas também tem destaque. E, desde
2015, três filmes contam importantes feitos e lutas das mulheres no futebol:
Pioneiras, Jogo Bonito e Campeonatos.
O
último trecho da exposição de longa duração traz a Sala Jogo de
Corpo, com as brincadeiras do campinho virtual e do Chute a Gol, e
a Sala Homenagem ao Pacaembu, imperdível aos apaixonados
por arquitetura e fotografia.
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