MORREU KALÉ, PRIMEIRO NEGRO A JOGAR NO FUTEBOL JAPONÊS
O ex-lateral esteve na redação do Portal Terceiro
Tempo. Foto: Marcos Júnior Micheletti
Kalé,
primeiro negro a atuar no futebol japonês (entre 1968 e 1973), morreu no último
dia 26 de janeiro, aos 72 anos, em Americana, interior de São Paulo. A
informação de seu óbito partiu de sua filha, Karina. A causa da morte não foi
revelada.
Em Kioto, contra o Mitsubishi, em 1970. O lateral-direito
Kalé despacha a bola para o ataque. À direita, o atacante Sugiyama. Foto:
arquivo pessoal de Kalé
Lateral-direito
de muito vigor físico, Kalé, cujo nome era Dorival Carlos Esteves, começou sua
carreira nos infantis da Ferroviária de Botucatu, sua cidade natal. Atuou pelo
Juventus-SP antes de se transferir para o futebol japonês, onde conquistou por
três vezes a "Chuteira de Ouro", em 1970, 1971 e 1972.
Kalé,
o Dorival Carlos Esteves, primeiro negro a jogar no futebol japonês, em 1968,
quando chegou ao Yanmar Diesel de Osaka (depois Cerezo Osaka), morreu em 26 de
janeiro de 2020, aos 72 anos. Ele residia em Americana, interior de São
Paulo, e estava aposentado.
Natural
de Botucatu-SP, onde nasceu em 5 de março de 1947, o lateral-direito Kalé
começou sua carreira pela Ferroviária de Botucatu, nos infantis, e tornou-se
profissional pelo mesmo clube, logo após a saída do também lateral-direito Zé
Maria para a Portuguesa de Desportos.
Foi
contratado pelo Juventus, onde atuou ao lado de Milton Buzzeto, Mão de Onça e
Pando, entre outros importantes nomes que passram pela time da Mooca.
Emprestado
ao SAAD, clube de São Caetano do Sul, retornou ao Juventus para ser contratado
pelo Yanmar Diesel de Osaka onde permaneceu entre 1968 e 1973, conquistando
quatro títulos (bicampeão do Campeonato Japonês e a Taça do Imperador por duas
vezes).
Foi
eleito o melhor lateral-direito do futebol japonês por três anos consecutivos
(chuteira de ouro, em 1970/71/72).
De
estilo ofensivo, Kalé marcou vários gols pelo time japonês, incluindo um em seu
jogo de estreia, em 26 de dezembro de 1968.
Após
encerrar sua carreira, Kalé passou a ministrar clínicas de futebol no Japão,
onde permaneceu até 2005, ano em que retornou ao Brasil.
"Fui
o primeiro negro a atuar no futebol japonês e nunca sofri preconceito. Sempre
fui muito respeitado e querido no Japão, um país maravilhoso", disse Kalé
em entrevista ao Portal Terceiro Tempo, em 10 de setembro de 2014.
Kalé
foi casado por duas vezes. Das uniões, nasceram quatro filhos: Marcos, Márcia,
Karina e Cibele. Era avô de um neto.
Fonte:
terceirotempo.uol.com.br
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