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terça-feira, 19 de maio de 2020

Zé Maria comemora 81 anos nesta terça-feira


Um dos maiores ídolos da história corintiana completa 71 anos nesta terça-feira (19). Trata-se de José Maria Rodrigues Alves, ou simplesmente Zé Maria, um dos atletas com maior número de jogos com a camisa alvinegra e um exemplo de amor ao clube. Atuando por 13 anos no Corinthians, o jogador foi um dos principais nomes da retomada aos títulos após jejum sem troféus.
Nascido em Botucatu em 1949, José Maria deu seus primeiros chutes em dois clubes amadores da cidade-natal: o Lageado Atlético Clube e a Associação Atlética Ferroviária. Após sua primeira formação como jogador nos clubes de várzea, o atleta migrou para a Portuguesa, onde se tornou jogador profissional.
Na equipe lusitana, não demorou para demonstrar seu talento e raça nos gramados, conquistando uma convocação para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970 com apenas 21 anos, onde viria a ser campeão mundial. O lateral-direito ainda teve uma curta passagem pelo Vasco em 1968, disputando quatro jogos pelo clube carioca.

ÍDOLO NO CORINTHIANS!
Logo após a conquista mundial com o Brasil, Zé Maria se tornou jogador do Corinthians. Filho de um torcedor apaixonado pelo clube, o lateral prometeu a seu pai que jogaria pelo time de coração. E assim fez.
Chegando ao time em uma época de seca, o atleta não demorou muito para conquistar a torcida e virar um dos líderes do elenco alvinegro. Atuando por 13 anos pelo Corinthians, o que não faltam são histórias que demonstram o amor do jogador pelo Alvinegro.
Falando de história, uma das principais aconteceu na final do Paulistão de 1977. Na partida contra a Ponte Preta, foi em uma cobrança de falta do lateral que se iniciou a jogada do gol de Basílio na decisão.
A vitória na final estadual encerrou a sequência de 23 anos sem títulos corinthianos, e Zé Maria como capitão, teve a oportunidade de levantar seu primeiro troféu com o Corinthians, cumprindo a promessa feita para o seu pai.

MAIS ESTADUAIS!
Após o fim do jejum, Zé Maria conquistou mais três estaduais com o Corinthians. Um dos mais marcantes foi o de 1979, onde ele demonstrou mais uma vez a raça e vontade que o consagrou ao longo de sua carreira.
No primeiro jogo da decisão contra a Ponte Preta, o ídolo corinthiano sofreu um corte no supercilio e saiu de campo para ser atendido pelos médicos. Insistindo para voltar ao jogo, o lateral-direito foi ovacionado pela torcida após retornar ao campo com a camisa manchada de sangue.

DEMOCRACIA E DESPEDIDA!
Zé Maria disputou 598 partidas com a camisa do Corinthians, se tornando o quarto jogador com maior número de jogos pelo clube, além de 17 gols marcados. Já no final de sua carreira, participou ativamente do movimento entre jogadores que ficou conhecido como ‘Democracia Corintiana’. O já veterano inclusive foi escolhido pelos próprios companheiros como técnico, em 1983.
Ainda em 83, ocorreu a despedida de Zé Maria. Enquanto a torcida tirava a camisa, ele disse: “Estão tirando um pedaço de mim”. No memorial do Corinthians, há uma camisa do ídolo com os seguintes dizeres: “A esse clube que durante muitos anos foi a minha própria vida”.
Nos seus 13 anos de Corinthians, e quatro títulos paulistas (1977, 1979, 1982,1983), Zé Maria entrou de vez no hall dos grandes personagens do futebol nacional. Atualmente o ex-jogador trabalha em um projeto da Fundação Casa, que visa permitir o menor infrator jogar futebol durante o período de reclusão.
Em Botucatu, o botucatuense recebeu uma homenagem com o nome do ginásio da AA Ferroviária, conhecido como Super Zé. Em 2005, ele acendeu a pira olímpica dos Jogos Abertos do Interior realizados em nossa cidade.

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