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quinta-feira, 17 de maio de 2018

Alunos da UNIFAC vão visitar Museu do Futebol em São Paulo



Alunos do curso de Educação Física da UNIFAC estarão vivendo uma experiência diferente no próximo dia 26. Com a responsabilidade de Nivaldo Ceará, professor da disciplina de Futebol e Futsal, cerca de 50 universitários da faculdade vão fazer um passeio pelo Museu do Futebol, localizado nas dependências do Estádio Municipal “Paulo Machado de Carvalho” – o charmoso Pacaembu, em São Paulo, e em seguida alguns dos alunos vão poder acompanhar de perto a partida entre SE Palmeiras e Sport Recife, pelo Campeonato Brasileiro no Alianz Parque.
“Vai ser uma viagem de estudos, pois os nossos alunos terão a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a historia do futebol”, comentou Nivaldo Ceará.
Sobre o Museu:
A exposição principal do Museu é um percurso envolvente e emocionante pela história do futebol e do Brasil. São quinze salas que ocupam 6 mil metros quadrados e instigam o visitante a experimentar sensações e compreender por que, no Brasil, o futebol é mais do que um esporte: é nosso patrimônio, parte de nossa cultura e de nossa identidade.
Já na entrada, denominada Grande Área, o visitante encontra uma coleção de reproduções de objetos que aludem à nossa memória afetiva com o futebol: pins, botões, flâmulas, brinquedos, selos, figurinhas... a diversidade de itens nos traz a sensação de voltar no tempo e de lembrar da sala do nosso avô ou da brincadeira da infância.
Ao subir as escadas que levam ao primeiro andar, o visitante recebe as boas-vindas do Rei Pelé, o jogador de futebol mais conhecido do planeta. A sala Pé na Bola leva o olhar para os pés das crianças, afinal, desde a mais tenra idade se aprende a jogar e a gostar de futebol.
A sala Anjos Barrocos cria a dimensão etérea dos ídolos que ajudaram a construir a história do futebol brasileiro. São 27 homenageados, como Julinho Botelho, Didi, Zagallo, Gilmar, e muitos outros. Desde 2015, uma conquista: a inclusão de duas grandes mulheres: Marta e Formiga, inigualáveis em seus feitos e recordes.
Na sequência, a Sala dos Gols apresenta grandes jogadas que o visitante tem a opção de escolher para assistir. A Sala do Rádiocelebra os locutores e o meio de comunicação que levou o futebol a todo o território nacional, ainda nos anos 1930. Esse andar termina com a Sala da Exaltação, imersão no calor das torcidas que fazem do futebol uma festa emocionante. O ambiente é único, encravado nas catacumbas do Estádio do Pacaembu.
No segundo andar, a exposição apresenta o seu eixo histórico. Uma sequência de salas apresenta ao visitante como o futebol chegou ao Brasil e se tornou o principal e mais popular esporte: na Sala Origens, fotografias que abarcam desde o final do século XIX até meados dos anos 1930. Um cenário instigante que nos joga ao Brasil urbano do início do século XX, quando o futebol ainda era amador e praticado, nos clubes, somente pelas elites brancas. Mas, nos chãos das fábricas, ruas e bairros populares, o povo, trabalhador, pobre e mestiço, também entrava no jogo e disputou a sério o direito de poder jogar futebol. A profissionalização marcou também a miscigenação do esporte que se tornará, décadas depois, a cara do Brasil.
Menos para as mulheres.... desde 2015, o Museu do Futebol apresenta, nessa mesma sala das Origens, como a trajetória feminina não teve o mesmo desfecho que a masculina. A participação das mulheres na prática do jogo também data do final do século XIX nos países europeus, como Reino Unido, França e Espanha, e do início do século XX no Brasil. Ainda que por aqui jogassem em espaços diferentes dos homens, como os circos, há indícios de uma presença feminina cada vez mais crescente, mas brutalmente interrompida a partir de 1941, quando um Decreto Lei do governo ditatorial de Getúlio Vargas, proíbe às mulheres a prática esportiva.
Na Sala dos Heróis, o visitante compreende como, nos anos 1930 e 1940, configura-se uma ideia de Brasil que lança ao mundo o que nós teríamos de mais singular: a mestiçagem cultural e racial, presente na música, nas artes visuais, na dança, na culinária e também no futebol. São 20 personalidades, dentre poetas como Carlos Drummond de Andrade, artistas como Tarsila do Amaral e intelectuais como Sergio Buarque de Hollanda e Gilberto Freyre. Leônidas da Silva e Domingos da Guia, jogadores negros que brilharam na história do futebol, são homenageados.
Sala Rito de Passagem marca uma inflexão no percurso. Uma pausa dramática para reviver o trauma da derrota na Copa de 1950. Num Maracanã lotado, estádio construído em menos de dois anos para receber a primeira edição da Copa após a 2ª Guerra Mundial, o Brasil chorou ao ver a derrota para os uruguaios. Nosso futebol nunca mais foi o mesmo depois desse episódio.
Na Sala das Copas do Mundo, as glórias dos cinco campeonatos conquistados e a participação em todas das vinte edições do maior espetáculo esportivo do mundo. O fracasso e a vergonha do “7x1” contra a Alemanha em 2014 também está lá, para não esquecer nunca que o futebol mudou, mais uma vez.
Pelé e Garrincha marcam a grandiosidade do futebol brasileiro nas décadas de 1960 a 1970. Ambos nunca perderam uma partida quando jogaram juntos. Tem estilos e trajetórias tão distintas quanto brilhantes e ganharam uma sala dedicada à alegria do futebol-arte.
Na Passarela Radialista Pedro Luiz, uma pausa para contemplar o charmoso bairro do Pacaembu, tombado por seu plano urbanístico único na capital.
Na Sala dos Números e Curiosidades, muita diversão, com placas gigantes que contam as regras, recordes, frases engraçadas da história do futebol. Cinco mesas de pebolim, ou totó, ensinam os esquemas táticos. O visitante pode ainda se deslumbrar com a visão do belo gramado do Estádio na visita à arquibancada.
Sala Dança do Futebol apresenta belos filmes para quem ama relembrar jogadas espetaculares: Dribles, Gols e Defesas. O Canal 100, cinejornal que marcou época por seu modo de filmar as partidas também tem destaque. E, desde 2015, três filmes contam importantes feitos e lutas das mulheres no futebol: Pioneiras, Jogo Bonito e Campeonatos.
O último trecho da exposição de longa duração traz a Sala Jogo de Corpo, com as brincadeiras do campinho virtual e do Chute a Gol, e a Sala Homenagem ao Pacaembu, imperdível aos apaixonados por arquitetura e fotografia.

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